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quinta-feira, 17 de março de 2016

Aedes Aegypti ou pernilongo, aprenda a diferenciar as duas espécies de mosquito

Riselda Morais

Aedes Aegypti

Pernilongo

   Com o aumento das chuvas, a descoberta que o Zica Vírus pode causar a microcefalia, o aumento dos casos de dengue e da Chikungunya a preocupação da população, em especial das mulheres que querem ser mães aumentou. Encontrar um mosquito dentro de casa ou ser picado por um é preocupante, a eliminação do mosquito é a única forma de prevenir-se das doenças e para conseguirmos eliminar a espécie é importante que saibamos reconhecer o mosquito e conhecer seus hábitos.
Os dois mosquitos têm hábitos bem diferentes em relação a criadouros, horários de suas atividades e capacidade de transmissão de doenças. Enquanto o pernilongo tem coloração marron, é pequeno e ágil, faz zumbido ao voar e tem hábitos noturnos, o Aedes Aegypti é escuro com marcações brancas no corpo e nas pernas, também é ágil  mas silencioso ao voar, tem hábitos diurnos, é perigoso por transmitir doenças como a Dengue, Febre Chikungunya e a Zica, essas são algumas das diferenças entre as duas espécies de mosquito que deixam muitas pessoas na dúvida.  
O aedes aegypti se reproduz em água limpa, qualquer lugar pode ser um criadouro, desde uma tampa de garrafa até uma caixa d’água aberta, suas larvas não sobrevivem em água poluída e ataca em plena luz do dia.
O pernilongo se reproduz em água suja de rios, córregos, esgoto a céu aberto ou qualquer outro lugar que tenha água rica em matéria orgânica e ataca a noite.
  O que há em comum entre esses dois mosquitos é que todo o seu ciclo de vida, o acasalamento e a postura dos ovos, se dá dentro ou próximo de domicílios, eles se alimentam de sangue, espreitam as pessoas dentro de casa até ter a oportunidade de lhes picar e sugar o sangue necessário para produzir seus ovos. 
   A única forma de eliminar o mosquito Aedes Aegypti é eliminando os criadouros, os reservatórios de água limpa e parada: tampar caixas e tonéis de água, desentupir ralos que possam acumular água, jogar fora pneus velhos, evitar deixar garrafas e recipientes que possam acumular água da chuva em área descoberta e virá-los de cabeça para baixo, eliminar pratinhos com água embaixo dos vasos de planta, esta guerra depende de todos nós. Já para eliminar o criadouro do pernilongo, água contaminada acumulada nos córregos e rios, nos esgotos a céu aberto é de grande importância para a saúde pública, pois podem causar diversos problemas à população e depende também de nós e do poder público.
Segundo pesquisadores, o Aedes Aegypti é um mosquito totalmente diurno, está mais ativo no início da manhã e no fim da tarde, se alimentando de sangue para maturar os ovos, é arisco , foge ao primeiro movimento brusco.
O pernilongo é um mosquito noturno, que prefere se alimentar no horário em que as pessoas estão em repouso. À noite, no escuro, ele é atraído pelo gás carbônico emitido na respiração humana, voando próximo do rosto, e só depois escolhe um local para picar. É por isso que costumamos ouvir zumbidos tão característicos de sua aproximação. Apesar das diferenças os dois mosquitos convivem bem dentro de residências e buscam os mesmos abrigos: debaixo de mesas, atrás de móveis, entre cortinas e em nichos de estantes.
A diferença entre as larvas podem ser percebidas. As larvas do Culex ou pernilongo têm  o tórax e a cabeça maiores e ficam espalhadas por todo o criadouro; já as larvas do Aedes ficam nos cantos mais escuros e fogem dos feixes de luz mais rápido. Já o tempo de desenvolvimento das larvas é praticamente o mesmo, leva de 8  a 10 dias no verão. Ainda segundo pesquisadores, os ovos das duas espécies são muito diferentes. 
O Aedes aegypti põe os ovos na parte úmida próxima à lâmina d’água e não diretamente na água. Eles são capazes de ficar até um ano no seco e permanecer viáveis, capazes de originar mosquitos adultos quando encontram as condições propícias para eclodir. Juntas, essas características são muito importantes para a dispersão do mosquito e para a epidemiologia da dengue, uma vez que os ovos podem ser carregados para outras regiões pela ação humana e resistir até as chuvas do próximo verão, dificultando as ações de controle. 
Outra característica importante para a epidemiologia da dengue e Zica é que a fêmea do Aedes aegypti costuma depositar seus ovos em diferentes criadouros na mesma postura.  
O pernilongo coloca seus ovos diretamente na água, sempre todos juntos, no mesmo criadouro. Envolvendo cada um deles existe uma substância viscosa que os prende uns aos outros, formando uma “jangada”, formada por dezenas de ovos de pé, grudados entre si, flutuando na superfície da água.  Os ovos do pernilongo não têm resistência à dessecação e murcham quando retirados da água, não sendo mais viáveis. 
A quantidade de ovos colocados pelos dois mosquitos depende muito da quantidade de sangue ingerido, que é necessário para a maturação dos ovos. Em geral, as duas espécies costumam colocar cerca de cem ovos por postura, mas esse número pode chegar a 150 ou 200.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Dengue, Chikungunya e Zika: Mosquito Aedes aegypti já transmite três tipos de vírus pelo Brasil, não o adote em sua casa

Com aumento de 240%  nos casos de dengue em 2015, o País já registra mais de 460,5 mil infectados e São Paulo registra o recorde de 257.809 casos da doença

Riselda Morais



   Pequeno e perigoso, o mosquito Aedes Aegypti está se proliferando, picando e transmitindo cada dia mais doenças. Agora já são três tipos de vírus transmitidos pelo mosquito popularmente chamado de mosquito da dengue, o Aedes Aegypti já transmite os vírus da Dengue, Chikungunya e Zika.
     A dengue é uma doença infecciosa causada por 4 tipos de vírus, o tipo 1,2,3 e 4 e pode ser hemorrágica. Pode se iniciar subitamente e dura de 5 a 10 dias, os principais sintomas são febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor nas costas, dor de cabeça e as vezes manchas vermelhas pelo corpo. Quando for hemorrágica, no início podem ocorrer sangramentos discretos na boca, nariz e urina mas depois do 5º dia o sangramento pode surgir em vários órgãos, pode levar a pessoa a entrar em choque e até a morte. Acredita-se que o vírus chegou ao Brasil nos navios negreiros, o primeiro caso registrado no País foi em 1865.
    A febre Chikungunya é causada pelo vírus CHIKV e transmitido pela picada do mosquito Aedes Aegypti infectado, tem sintomas semelhantes ao da dengue, dores no corpo, apatia, dores de cabeça, mal estar, cansaço, febre alta, acomete as articulações provocando dores nas juntas, inflamações com dores fortes, inchaço, vermelhidão e calor local. Identificado pela primeira vez na Tansânia.
    O Zika Vírus foi identificado pelos pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) já com 39 casos registrados em Camaçari, Feira de Santana e Salvador, também transmitido pelo mosquito Aedes e também tem os sintomas semelhantes ao da dengue, porem, não leva a morte. Segundo os pesquisadores, o quadro do Zika parece mais alérgico, é mais leve e não leva a morte, apresenta sintomas como febre alta, diarréia, dores e manchas no corpo e desaparecem em cerca de 12 dias. O vírus é mais comum na África e Ásia.
    Segundo dados apresentados pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, no período de 04 de janeiro a 11 de abril deste ano foram notificados 62.799 casos de dengue na capital paulista, destes 20.764 foram confirmados autoctones, ou seja, contraídos dentro do próprio município. Até agora foram confirmadas 6 mortes.
    A alta ocorrência de dengue tem surtos mais altos em alguns bairros da Zona Norte da capital.  Os 13 bairros considerados em situação de surto epidemiológico são: Brasilândia, Pari, Cidade Ademar, Jaraguá, Pirituba, Cachoeirinha, Raposo Tavares, Rio Pequeno, Freguesia do Ó, Parque do Carmo, Perus, Limão e Casa Verde.
    Já os 16 distritos da cidade que são considerados em situação de emergência são: Raposo Tavares, Rio Pequeno, Pirituba, Jaraguá, Perus, Brasilândia, Freguesia do Ó, Cachoeirinha, Limão, Cidade Ademar, Pedreira, Capão Redondo, Jardim Ângela, Pari, Jabaquara e Parque do Carmo.
    Na luta contra a dengue e com o objetivo de desafogar as Unidades Básicas de Saúde, a PMSP montou 8 tendas de atendimento nos distritos do Jaraguá, Brasilândia, Freguesia do Ó, Cidade Ademar, M’ Boi Mirim, Lapa, Rio Pequeno e Aricanduva/Carrão. As instalações possuem uma máquina de teste rápido de sangue, que possibilita a contagem de plaquetas para a identificação de eventuais agravamentos e potenciais.
    Segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), o Estado de São Paulo teve recorde histórico de casos da dengue no mês de abril, mas confirma o registro 222.044 casos e não 257.809 novos casos como diz o Ministério da Saúde, sendo 212.904 diagnósticos de autóctones, contraídos dentro do próprio município e apenas 9.140 importados ou seja, contraídos em outro município.
    Segundo a Secretaria Estadual de Saúde cerca de dois terços de todos os casos de dengue, neste ano, foram concentrados em 30 municípios, no entanto, mais da metade dos municípios, 365 dos 645 não apresentam epidemia.
    Na região do ABCD foram registrados 2.311 casos entre os meses de janeiro a abril, um aumento de 300% em relação ao mesmo período do ano passado.
    Segundo dados do Ministério da Saúde, os casos de dengue no Brasil aumentaram 240,1% em 2015, com um total de 460,5 mil infectados pela dengue, os casos de mortes pela doença, chegaram a 132 óbitos, aumentaram 29%, quando comparados ao mesmo período de 2014, quando foram registrados 135,3 mil casos de dengue e 102 mortes.
            Até este momento, o Acre é o Estado com maior incidência de dengue, com 882,5 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Em segundo lugar na elevação da taxa vem o Estado de Goiás com 702,4/100 mil e em terceiro São Paulo com 585,5 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Vale ressaltar que o Ministério da Saúde considera situação de epidemia quando a doença atinge 300 casos para cada 100 mil habitantes.  Os dados do Ministério da Saúde apontam o Estado de São Paulo liderando no total de casos com 257.809 ocorrências, seguido de Goiás com 45.819, Minas Gerais com 30.153, Paraná com 22.687 e Rio de Janeiro com 13.181.
    Ainda segundo dados do Ministério da Saúde, quando a incidência é observada por região, a Centro-Oeste apresentou até 28 de março a maior incidência de casos, com 393,3/100 mil habitantes, seguida pelo Sudeste, com 357,5/100 mil habitantes e Norte, com 112,4/100 mil habitantes. O Nordeste aparece na quarta posição, com 91,2 ocorrências por 100 mil habitantes e o Sul em quinto, com 88,8 notificações/100 mil habitantes.
            A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 e 100 milhões de pessoas são infectadas anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os continentes, exceto o Europeu.
    O combate ao Aedes Aegypti é responsabilidade de todos nós, o combate terá que ser feito por todos, porque assim como o criadouro pode estar em águas paradas nas áreas externas, sejam elas públicas ou privadas, também pode estar dentro de nossas casas.
    No combate ao mosquito, a conscientização de todas as pessoas é fundamental, assim como é responsabilidade dos órgãos governamentais encarregar-se do saneamento básico, do abastecimento de água e de campanhas educativas permanentes, é de responsabilidade de cada um de nós evitarmos que o mosquito encontre em nossas casas um ambiente propício para sua proliferação. Para tanto, basta tomar os seguintes cuidados:
- Vasos e plantas:  manter a vasilha que fica sob o vaso seca e com areia até a borda. A água de vasos de flores deve ser trocada a cada dois dias.
- Bromélias e espadas de São Jorge: armazenam água entre as folhas, para não se tornar criadouros, dilua 1colher de sopa de água sanitária em 1 litro de água  e regue 2 vezes por semana.
- Caixas d’água: lavar periodicamente e manter tampadas.
- Piscinas:  manter a água com o nível de cloro adequado.
- Pneus velhos: devem ser furados para eliminar a água que eventualmente se acumule.
- Garrafas vazias:  devem ser guardadas de cabeça para baixo em lugares cobertos e as tampas devem ser jogadas em sacos de lixo recicláveis.
- Recipientes descartáveis:  copos, pratos, travessas, devem ser colocados em sacos de lixo reciclável para que a coleta seja feita.
- Lixo: jamais jogue em terrenos baldios, margens de rios ou de córregos.
- Bebedouros de animais: Devem ser lavados e a água trocada diariamente.
- Depósitos ou reservatórios de água: devem ser mantidos limpos e tampados.